Como Parar de Fumar – parte 2
Dando continuidade ao assunto sobre como parar de fumar (se você não leu o primeiro artigo, clique aqui), agora falarei sobre como funciona o tratamento do tabagismo.
A primeira coisa que falo para os meus pacientes é: você precisa QUERER parar de fumar.
Sem motivação, a chance de sucesso é muito baixa, mesmo com o uso de remédios.
A segunda orientação que dou é que parar de fumar é, principalmente, uma mudança de hábitos de vida.
Para isso torna-se indispensável a determinação, a persistência e o foco no objetivo. Como todo mundo sabe, parar de fumar não é fácil, mas com acompanhamento médico, as chances aumentam consideravelmente.
Tendo isto em mente, durante a consulta médica avalio o grau de dependência do cigarro e da nicotina, o que auxilia na decisão do melhor tratamento.
Durante a consulta também forneço orientações sobre como enfrentar o abandono do vício e superar os efeitos indesejáveis da ausência de nicotina.
Em geral são técnicas comportamentais e de mudança de hábitos de vida que ajudam a superar os momentos de fissura pelo cigarro, que geralmente duram poucos minutos, e o os demais sintomas de ansiedade, inquietação, insônia e dificuldade de concentração.
Os principais tratamentos medicamentosos são com ansiolíticos (ou seja, redutores de ansiedade) que auxiliam no controle da irritabilidade e nervosismo que tipicamente afetam quem está parando de fumar.
Atualmente o medicamento mais usado com este objetivo é a bupropiona.
Outra alternativa é a vareniclina, uma substância que ao mesmo tempo que bloqueia a ação da nicotina, reduzindo seus efeitos e dependência, também produz os efeitos prazerosos da nicotina, mas em grau menor, diminuindo os efeitos da abstinência. Devido ao seu alto custo, acaba sendo menos utilizada.
Em associação aos medicamentos citados, usamos a reposição de nicotina, seja com adesivos, gomas de mascar ou balas de nicotina.
O tratamento consiste em uma fase mais intensiva, principalmente nos primeiros 3 meses, com retornos em consulta mais frequentes e conforme a evolução de cada paciente, o intervalo entre cada visita é estendido, com redução da dose dos medicamentos, ou até mesmo sua suspensão.
Você já fez as contas de quanto gasta com cigarro todo dia? E no mês? Que tal em um ano?
Já pensou ter esse dinheiro “sobrando” na sua carteira ao parar de fumar e quanta coisa daria para fazer?
Quanto já gastou em remédios e exames por causa daquela tosse que te incomoda ou daquele “resfriado mal curado” que não melhora nunca?
Faça as contas e veja se este não é mais um bom motivo para parar de fumar!
Até a próxima!
Dr. Helder Vinicius Ribeiro
Médico Pneumologista
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Ponta Grossa – PR