Pneumonia tem vacina!
Você sabia que a pneumonia pneumocócica tem vacina? Se sua resposta for não, fique tranquilo pois mais da metade da população brasileira não sabe dessa informação.
O que é a pneumonia pneumocócica?
A pneumonia é uma infecção que atinge os pulmões, geralmente causada por bactérias.
Quando a bactéria causadora é o Streptococcus pneumoniae, conhecido como pneumococo, chamamos de pneumonia pneumocócica.
Três a cada dez casos de pneumonia são decorrentes da infecção pelo pneumococo. Esta mesma bactéria também é responsável por causar otite, sinusite e meningite.
A pneumonia mata cerca de 1,6 milhão de pessoas por ano no mundo e é a 2ª doença respiratória mais comum no Brasil.
Quais os sintomas da pneumonia?
Os principais são: febre maior que 38 graus, calafrios, tosse com catarro, dor no tórax, falta de ar e fraqueza. Idosos podem apresentar confusão mental ou sonolência.
O tratamento é feito com antibióticos, podendo ser via oral ou, em casos mais graves, via intravenosa, necessitando internamento, às vezes até mesmo em UTI.
Quais são os fatores de risco para adquirir pneumonia?
Crianças menores de 5 anos e idosos com mais de 60 anos são os mais suscetíveis.
Outros fatores de risco são o tabagismo e o etilismo, diabetes, câncer, insuficiência cardíaca, insuficiência renal, HIV/AIDS, transplantados, tratamento com corticoides ou imunossupressores.
Como funciona a vacinação?
Existem dois tipos de vacina contra a pneumonia: a polissacarídica e a conjugada.
A vacina polissacarídica, no mercado desde a década de 80, protege contra 23 sorotipos do pneumococo. Tem sido utilizada em adultos portadores de doenças crônicas ou idosos com mais de 65 anos. Não tem efeito em crianças menores de 2 anos. Necessita revacinação a cada 5 anos para quem se vacinou com menos de 65 anos.
A vacina conjugada, no mercado desde o ano 2000, protege contra 13 sorotipos. Esta vacina é capaz de induzir a produção de anticorpos com maior facilidade, podendo ser utilizada em crianças e adultos.
Além disso, esta vacina é capaz de gerar uma memória imunológica prolongada, não necessitando reforço. Por último, a vacina conjugada consegue reduzir a quantidade de pneumococos na mucosa respiratória e consequentemente diminuir a transmissão da bactéria entre as pessoas e, finalmente, reduzir o número de casos de doença pneumocócica.
As duas vacinas são extremamente seguras, com pouca ou nenhuma reação adversa (os mais comuns são dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação) e raríssimos casos de reações mais sérias.
Ambas as vacinas podem ser utilizadas, porém não podem ser aplicadas ao mesmo tempo, necessitando de 6 a 12 meses de intervalo, dependendo de qual for aplicada primeiro, sendo indispensável a avaliação e prescrição médica para sua aplicação.
Dr. Helder Vinicius Ribeiro
Médico Pneumologista
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