Asma – Mitos e Verdades

A asma é mais comum em meninos: Verdade

Até os 10 anos de idade, crianças do sexo masculino têm mais chances de serem diagnosticadas com asma por terem vias aéreas mais estreitas. Mas a doença acomete ambos os gêneros.

Asma e obesidade podem estar diretamente relacionadas: Verdade

O excesso de gordura no corpo leva ao aumento da produção de leptina e citocinas, que são substâncias inflamatórias ligadas ao surgimento da asma.

Além disso, a obesidade altera propriedades mecânicas do sistema respiratório. Geralmente a asma ligada à obesidade responde menos ao tratamento e necessita de doses maiores de medicamentos para controle.

A “bombinha” de asma vicia: Mito

O broncodilatador de curta ação ou medicação de resgate alivia momentaneamente a falta de ar quando inalado.

O que acontece, muitas vezes, é que o paciente não trata a asma de maneira contínua – o que não é o correto – e necessita das bombinhas com maior frequência, mas isso nada tem a ver com “vício”.

O melhor tratamento para asma é com medicamentos para prevenir crises e sintomas.

A “bombinha” faz mal para o coração: Mito

Quando surgiram os primeiros remédios broncodilatadores para asma, eram substâncias que tinham como efeito colateral a aceleração do coração (taquicardia).

Com as novas e melhores drogas e dispositivos, esse efeito foi desaparecendo. Aliás hoje já existem tratamentos para a asma que dispensam o uso das bombinhas.

O corticoide usado no tratamento engorda: Mito

Que o tratamento da asma é baseado em corticoides inalatórios, isso é verdade. Mas a dose utilizada nestes medicamentos é muito baixa, da ordem de 200 a 400 microgramas por dose (1 micrograma = 1 grama dividido por 1.000.000).

Diferente de comprimidos de corticoide que contem até 40 miligramas ou os injetáveis que podem conter até 500mg (1 miligrama = 1 grama dividido por 1.000), os quais são utilizados somente nas crises de asma que ocorrem em pessoas que não estão sob tratamento regular.

Além disso, os corticoides inalatórios têm a vantagem de exercer efeito somente nos pulmões, reduzindo significativamente os efeitos colaterais indesejáveis dos corticoides, como o ganho de peso, diabetes, osteoporose, entre outros.

Asma em adultos pode estar relacionada à insônia: Verdade

Segundo pesquisa recente da Universidade de Pittsburgh, as crises de asma são mais frequentes em pacientes que têm problemas para dormir. Além disso, pessoas que apresentam as duas doenças costumam ter mais depressão e sintomas de ansiedade.

Quer saber mais sobre asma? Leia os artigos sobre asma e alergias respiratórias.

Adaptado de: Comissão de Asma da SBPT – https://sbpt.org.br/asma-mitos-e-verdades/

Dr. Helder Vinicius Ribeiro
Médico Pneumologista
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