Cigarro Eletrônico
O que é um cigarro eletrônico?
Também conhecido por e-cigarro, é um dispositivo que funciona com pilhas, composto por um vaporizador e um reservatório (cartucho) abastecido com nicotina líquida (veja figura abaixo). Em uma das extremidades do cigarro (bocal), o usuário traga e ativa o vaporizador, que gera um vapor de nicotina e enquanto isso na outra extremidade uma luz de LED se acende. Estes cigarros eletrônicos foram criados com o objetivo de simular a sensação de fumar um cigarro convencional, contendo apenas a nicotina, mas também podem conter sabores como frutas, café, chocolate e tabaco.
“Ótima ideia! Vou parar de fumar usando o cigarro eletrônico! É seguro e não faz mal!”
Aí é que muitos se enganam. É fato que o cigarro eletrônico não possui o alcatrão e o monóxido de carbono, substâncias presentes nos cigarros convencionais e que são causadoras de doenças como o câncer e muitas outras.
O problema é que a nicotina utilizada é diluída em uma substância chamada propilenoglicol, segura para o uso humano. Entretanto, ao ser vaporizado e inalado, o propilenoglicol libera o formaldeído, este sim um agente cancerígeno, e em concentrações 5 a 15 vezes maiores que um cigarro comum.
Além disso o vapor do cigarro eletrônico contém metais pesados como ferro, alumínio e níquel, causadores de câncer de pulmão, enfisema pulmonar e fibrose pulmonar. Sabe-se que a quantidade de nicotina liberada pelo cigarro eletrônico é maior que a do cigarro comum, podendo causar sintomas de intoxicação nicotínica, como náuseas, tonturas, elevação na pressão sanguínea, palpitações e dor de cabeça. Por último, por ser um dispositivo novo, ainda não sabemos quais outros males o cigarro eletrônico pode causar a curto e longo prazo.
Trocar o cigarro comum pelo cigarro eletrônico como forma de parar de fumar é um engano, quando na verdade estará trocando um vício pelo outro e mesmo assim causando danos ao seu organismo. Não há estudos e testes científicos que comprovem que o cigarro eletrônico possa auxiliar na cessação do tabagismo.
Apesar de relativamente fáceis de se encontrar, sua venda é proibida no Brasil desde 2009 assim como o consumo em locais públicos fechados.
O que os estudos científicos já comprovaram é que jovens que usam cigarros eletrônicos são mais propensos a fumar cigarros convencionais, em comparação com não usuários e que o e-cigarro agrava, ao invés de amenizar, o uso de cigarros convencionais. Ou seja, a invenção do cigarro eletrônico é uma forma de atrair os jovens para a dependência química, atuando como uma ponte para o cigarro convencional e de impedir que fumantes convencionais abandonem o tabagismo.
Dr. Helder Vinicius Ribeiro
Médico Pneumologista
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