Doenças Respiratórias e Viagens de Avião
Viajar de avião está se tornando cada vez mais comum no Brasil, um país de dimensões continentais, encurtando as distâncias tanto pela sua rapidez quanto segurança. Mas quem tem problemas respiratórios precisa tomar alguns cuidados.
Durante o vôo, dentro da cabine, o oxigênio fica mais rarefeito, em menor quantidade. Não se assuste, isso geralmente não causa nenhum problema para as pessoas saudáveis. Mas quem tem enfisema pulmonar(isto é, a DPOC – Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), asma, bronquiectasias ou fibrose pulmonar, pode sentir piora dos seus sintomas, como falta de ar, caso não esteja em tratamento adequado e sob bom controle.
Durante a consulta, ao examinar o paciente, o pneumologista rotineiramente mede a oxigenação do sangue com um aparelho digital chamado oxímetro. Com ele é possível saber se há baixa de oxigênio no sangue do paciente, auxiliando na avaliação da gravidade da doença. Pacientes que tenham uma oxigenação acima de 92% podem viajar com tranquilidade. Nos outros casos, é necessário conversar com o médico e decidir se é possível viajar e se serão necessários cuidados especiais.
Pacientes asmáticos também precisam estar atentos, mesmo que sua doença esteja controlada. É importante ter seus medicamentos de emergência a bordo, para o caso de uma eventual crise durante o vôo.
Quem foi submetido a alguma cirurgia torácica só pode voar depois de 15 dias da alta ou retirada do dreno torácico. Quem já teve pneumotórax espontâneo, o tempo recomendado é ainda maior – 60 dias.
Caso o paciente tenha algum dos problemas acima, é recomendável que consulte um médico pneumologista antes de viajar e leve o Formulário MEDIF (autorização médica para viajar), disponível no site das companhias aéreas. Este documento precisa ser enviado às empresas aéreas no mínimo 72 horas antes do voo. Se for viajar com mais de uma companhia aérea, todas devem ser informadas, com seu próprio formulário MEDIF, já que cada empresa tem suas restrições e podem solicitar documentos extras.
Por último, e muito importante, é recomendável que os pacientes com doenças respiratórias façam um bom seguro de viagem, que cubra suas doenças e também o repatriamento, em caso de uma emergência.
Dr. Helder Vinicius Ribeiro
Médico Pneumologista
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Ponta Grossa – PR